Teoria das Restrições

A META

TEORIA DAS RESTRIÇÕES

Em outubro de 1991, fui chamado para uma entrevista com o Diretor Industrial de uma grande empresa com atuação também no segmento têxtil, à noite, em uma cidade há 80 km de São Paulo, pois a conversa era confidencial, não podendo ser sequer no escritório de São Paulo.

A sabatina foi sobre técnicas de fabricação específicas e sobre administração de processos e pessoas. Percebi a inclinação dele pela minha candidatura, e fiz-lhe uma pergunta: Qual o principal objetivo de minha contratação? A resposta veio rápida: LUCRO.

Explicou rapidamente que a empresa tinha colocado ações na bolsa e vinha de sucessivos anos de prejuízo e que, o setor de confecção, berço da empresa, foi sentenciado pelo conselho a ser desativado ao final de 1993. A mim caberia remediar esta decisão, pois os sócios fundadores não desejavam isso, segmento que os tinha trazido até o momento presente.

Elogiou meus conhecimentos e sugeriu que os completasse, lendo um livro sobre administração: A META.

No dia seguinte, já em São Paulo, percorri livrarias em busca do livro. Deu trabalho, mas consegui. Devorei. E quanto mais lia, mais achava que muitas práticas eu já fazia, de forma intuitiva ou adaptadas de práticas obtidas nos livros de Akio Morita, Lee Iacocca e Ricardo Semler.

A analista de RH da empresa me ligou, acertamos detalhes administrativos e de estadia na cidade e na madrugada de 04 de novembro estava viajando para meu primeiro dia de trabalho.  A parte da manhã foi consumida com apresentações e integração. Almocei com meu novo diretor industrial no refeitório da empresa e discorremos sobre episódios do livro a meta. Voltando a minha nova sala, chamei a encarregada de informações sobre pedidos e perguntei quais eram os indicadores disponíveis. Recebi evasivas e a informação de que o principal era o MKT, abreviatura de marketing, que fechou outubro com 73%, quer dizer, a entrega de pedidos foi só de 73% da carteira do mês. Perguntei como começara novembro já que dia 1º tinha sido sexta feira, a resposta foi pior: zero, pois até quarta feira ainda estaremos despachando pedidos faturados sem a mercadoria; ah, disse ela, e o saldo não entregue, não aparece em nenhum indicador. E as surpresas continuaram. Havia pedidos com entrega atrasada de agosto, quatro meses de atraso. Parei e refleti: O que Alex Rogo faria?

Pedi uma reunião com meu diretor, que confessou desconhecer essa prática e sugeriu uma reunião com o diretor e o gerente comercial para o dia seguinte, na fábrica. Continuei a me inteirar girando pelos departamentos e vendo inclusive barbaridades técnicas sendo cometidas, por ordem de meu antecessor que preferi manter até conhecer todos os detalhes. O dia foi exaustivo e depois das 18 horas ainda fiz uma reunião com os encarregados das duas malharias incluindo o do turno da noite. Cheguei ao hotel pelas 20 horas. Colegas da empresa e alguns hóspedes tinham organizado uma recepção de boas-vindas, da qual abdiquei após agradecer, pois estava exausto. Nem jantei. Tomei um banho e dormi.

Cheguei cedo na empresa e estranhei o carrão estacionado em frente o pavilhão da costura onde ficava minha sala. Mais surpreso ainda fiquei ao encontrar o diretor superintendente (um dos sócios fundadores) sentado em frente à minha mesa. Já estava a par das notícias levadas pelo diretor industrial e da reunião que teríamos logo mais. Veio apoiar minha decisão de chamar o comercial e perguntar se tive tempo de conhecer os problemas da fabricação de tecidos, área de grande conhecimento dele como engenheiro têxtil de formação. Mencionei a reunião da noite anterior com eles o que o deixou entusiasmado. Colocou-se a disposição para discutir técnicas e mudanças que desejasse fazer.

A reunião iniciou pontualmente as 8 horas e após as formalidades pedi para trazer a funcionária que me municiara com as informações e percebi um ligeiro estremecimento do gerente comercial quando seu diretor aquiesceu. Ela apresentou uma lista dos pedidos atrasados por mês, desde agosto com suas respetivas pendências, tudo relacionado a mão por ela na tarde e noite anterior, pois não havia registro nos parcos controles “for doss”. Minha pergunta: Vamos entregar? Preciso de 15 dias para colocar esse atraso em dia e durante esse período informarei o restante da carteira como ficará. Pediram uma cópia da lista e prometeram contato com os clientes para confirmar essa entrega. Questionaram se podiam continuar vendendo para entrega no ano e indaguei da funcionária como estava a carteira, a resposta veio rápida, está baixa, mas isto nada significa, pois a maior parte dos pedidos entram aos 47 do 2º tempo. Olhares de estranheza dos diretores e de indiferença do gerente comercial. Prometemos empenho e novas reuniões setoriais para a semana.

Retornamos á nossa fábrica e convoquei uma reunião com todos os coordenadores de área e chefes de setor. Mais de 40 pessoas estavam ali. Pessoas com muita vontade de realizar, carecendo de muita ajuda para transformar essa vontade em eficiência. Explanei rapidamente a Teoria das Restrições que pautariam nossa atividade a partir dali, entreguei uma folha em branco a todos e pedi que listassem os cinco piores problemas, que na opinião deles estavam prejudicando o desempenho do setor e que mais tarde iria analisar e ainda no dia voltaria ao assunto. Dei-lhes um tempo e as folhas começaram a retornar com nome do setor e da pessoa que escreveu. Percebi que em todos, embora em ordem de importância diferente, aparecia PCP, só então notei que ali não tinha ninguém deste setor e perguntei a assistente o porquê. Respondeu que meu pedido era para reunir coordenadores e chefes de nossa fábrica e o PCP era órgão corporativo e que precisaria pedir ao gerente da área, que indicaria um funcionário para dia e hora de conveniência deles a comparecer em nossa reunião. Silenciei e explanei nossa reunião com o comercial, e minha promessa. Que a partir daquela hora todo nosso esforço era para “pagar” os pedidos atrasados desde agosto e que este trabalho seria coordenado pela encarregada de informações sobre pedidos e pela programadora de corte. Ninguém mais de fora de nossa fábrica mudaria essa ordem. Percebi comentários satisfatórios a respeito, mas teve quem externasse preocupação com minha permanência na empresa.

Dispensei-os e voltamos para minha sala, a assistente e eu, para tabular os mais de 200 tópicos relacionados, tudo manualmente, pois o melhor que tínhamos na época era o “lotus 1,2,3” que nenhum dos dois dominávamos. Transcorreu muito tempo quando ela falou, temos exatamente 5 minutos para entrarmos no refeitório antes que feche, para organizar o almoço da próxima turma. Perguntei se ela tinha algum compromisso neste horário e convidei a levarmos a papelada para continuarmos discutindo e tentar concluir. Assim fizemos e fomos olhados com surpresa pelos presentes ainda no refeitório, mas nos mantivemos em nosso intuito. Retornamos e concluímos o trabalho. Falei que desejava montar um grupo de trabalho para tratar daquele assunto, mas que não conhecia bem o pessoal e precisava da ajuda dela. Comecei a descrever alguns dos presentes na reunião e ela os foi classificando e nomeando. Comecei por aquele que comentou sobre minha permanência na empresa, ela sorriu, e me ajudou. Relacionamos seis pessoas que pedi os convocassem, ali para minha sala mesmo. Logo que todos chegaram, expliquei que eles seriam responsáveis por me ajudar a aplicar a “Teoria das Restrições” em nossa fábrica. Entreguei uma cópia xerox da relação que acabamos de fazer, a cada um deles, e pedi análise dos tópicos criando uma ordem de prioridade considerando: 1) Entregar os pedidos atrasados. 2) Os tópicos mais fáceis de, com pequenas ações, tirar eles da lista de restrições e torná-los uma não restrição. Todos demonstraram grande interesse na realização do trabalho e sugeriram se reunir depois do expediente, para não comprometer seu cotidiano. Concordei e pedi para neste dia contemplar apenas a meta de entrega dos atrasados. Em outra reunião tratariam dos outros tópicos. Saíram entusiasmados. Estava me preparando para ir girar pela fábrica quando entrou na sala um senhor bem apessoado com roupas bem alinhadas, demonstrando ser funcionário de “ar condicionado” e apresentou-se como o gerente de PCP que estava viajando e que eu havia lhe lançado uma bola nas costas ao proibir meus funcionários a receber ordens dele ou de sua equipe. Que seu setor tinha autoridade sobre todas as unidades fabris e que ele não podia permitir isto. Convidei-o a sentar, me desculpei e lembrei que o tinha visto no hotel na noite anterior, e que tinha assumido um compromisso com o comercial e uma meta com nosso diretor, o lucro da empresa. Expliquei as ações que havia tomado e que estava pronto a reconsiderar se ele tivesse alguma contribuição que nos levasse mais facilmente ao nosso objetivo. Acalmou-se, desconversou e disse que eu estava no caminho certo, fazendo esse bando de acomodados trabalharem para dar resultado, mas que achava difícil conseguir cumprir minha promessa, colocou-se a disposição, mas frisou que pouco ficava na planta principal pois visitava todas as unidades e gastava mais tempo em deslocamento do que efetivamente trabalhando. Despediu-se e minha rotina de visita aos setores transcorreu até o fim do expediente.

CONTINUARÁ

2023 SEGUNDO OS MAIORES 50 EMPRESÁRIOS BRASILEIROS

2023 SEGUNDO OS MAIORES 50 EMPRESÁRIOS BRASILEIROS

Uma grande empresa de consultoria americana, com atuação mundial, realizou uma pesquisa com 1325 CEOs das maiores empresas mundiais, 50 deles do Brasil, sobre as tendências econômicas esperadas para o triênio 23/24/25. A filial brasileira dessa consultoria, apresentou em separado os resultados pesquisados no Brasil, do resto do mundo, concluindo que os empresários brasileiros estão mais otimistas que seus pares, principalmente os europeus e do resto do mundo. Acreditam os brasileiros na resiliência como principal comportamento, permitindo até um crescimento das vendas, principalmente das exportações, não só de comodities e do agronegócio, mas também de produtos industrializados, principalmente os manufaturados, (onde se encaixam os produtos têxteis e de confecção).

Contudo, a nível mundial, há duas preocupações comuns: Segurança Cibernética e ESG. A segurança de dados gerais das empresas, não só contra espiões, mas principalmente contra hackers e ESG que é a preocupação com o meio ambiente e o politicamente correto.

Ao trazermos tudo isso para nosso mundo têxtil, sabemos que porcentual relevante de nossas empresas ainda é pouco afeita ao mundo digital; outras, utilizam-se do básico: emissão de notas fiscais e dos boletos bancários, e guardam o servidor de backup na residência do acionista. Já o ESG é uma sigla que lhes parece grego, tão longe está de suas preocupações.

Os CEOs brasileiros, acreditam no aumento das exportações, inclusive de manufaturados. Sua empresa de confecção pode estar neste grupo, pois o apoio de órgãos governamentais facilita a entrada no mercado exterior. Mas sem uma política de ESG, nem tentar.

Nós da São Judas consultores, conhecemos bem o segmento de confecção e sabemos das dificuldades com que lutam para manter-se de pé, sem os modismos administrativos apregoados anteriormente, mas, sabemos que estes modismos, não aplicados, sufocam o crescimento e até a sobrevivência de nossas empresas.

Cada caso merece um estudo e uma aplicação que leve a empresa rumo a sustentabilidade. Os meios eletrônicos e redes sociais nos permitem trocar informações e realizar treinamentos de baixíssimo custo. Vamos conversar? Inicialmente por WhatsApp (13)98169-3040, depois, veremos como continuar.

Tadeu Bastos Gonçalves.

M E T A S (1)

Tenho recebido consultas sobre como determinar metas de produção e a fixação de valores para prêmio de produção. Muitos até me enviam dados de produtividade de suas empresas e relação de desempenho individual de seus funcionários, frisando que, apesar de tudo e dos prêmios que distribui aos funcionários, a empresa vai mal, os representantes e clientes reclamam que os preços estão altos, que as entregas estão atrasadas e os acionistas não sabem mais onde buscar dinheiro para cobrir as despesas.

Temos a dizer aos senhores empresários, que estão invertendo as ações e que estão partindo do fim para o começo.

Vamos mostrar a vocês como partir do começo para o final, com chances reais de reverter esse quadro de sangria nos recursos da empresa.

Começo com uma pergunta:

– Qual sua principal meta? A resposta parece óbvia, mas poucas pessoas acertam. A principal meta de qualquer empresa é o LUCRO.

Em nossa apostila sobre preço de venda ideal, explicamos como se chega ao lucro, e na planilha que realiza os cálculos deste preço, temos uma coluna cujo título é: LUCRO TEÓRICO.

Por que lucro teórico? Porque o lucro só ocorre depois que você consegue pagar todas as contas da empresa, aí sim, a sobra vira lucro.

Então, a principal meta de uma empresa, é saber quantas unidades de produto precisa vender para pagar as contas e ter lucro.

Traduzindo, precisamos conhecer o PONTO DE EQUILÍBRIO da empresa.

Parece fácil, e é. Desde que você disponha de informações para realizar os cálculos e obter a informação mais preciosa.

Nossa apostila também ensina como separar as contas de despesa e custeio, para determinar o CUSTO FIXO.

Esse dado, custo fixo, é facilmente encontrado nas empresas, pois advém de dados contábeis, que com mais ou menos esforço são informados pelo setor ou escritório de contabilidade. Na dúvida, nossa apostila/planilha mostra quais são as contas.

Outro dado importante é a MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO que cada produto traz para ajudar a pagar as contas. Não deve ser confundida com a margem de lucro. A margem de contribuição é um valor bem maior e quem trabalha com fichas ou planilhas de custo individual, possui essa informação, que também está presente em nossa apostila/planilha CUSTO IDEAL.

Essa MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO é o divisor do CUSTO FIXO e o resultado é o PONTO DE EQUILÍBRIO.

Vamos exemplificar. Uma empresa tem como custo fixo um valor de R$ 60.000,00. A média do preço de venda é de R$ 50,00 por unidade vendida, que trazem como margem de contribuição média R$ 15,00.

Ao dividirmos R$ 60.000,00/R$ 15,00, temos como resultado 4.000 unidades. Esse é o ponto de equilíbrio. Precisamos vender 4.000 unidades para pagar todas as contas.

O ponto de equilíbrio, é chamado no linguajar popular como “zero a zero”, porque só paga as contas, não traz o lucro que é a meta da empresa.

Temos então que encontrar a quantidade que possa nos dar um lucro além de pagar a conta. Uma boa margem de lucro a se desejar é de 15,0% do faturamento.

Usando os mesmos dados do exercício anterior, temos que:

4.000 unidades (ponto de equilíbrio) multiplicado pelo preço médio de R$ 50,00, temos um faturamento de R$ 200.000,00, que equivale a 85%. (100%-15% (margem de lucro) = 85% valor do ponto de equilíbrio). Logo, o faturamento esperado será de R$ 235.294,11, que no caso será o faturamento desejado para se ter um lucro de 15%.

Agora vamos finalmente saber qual será nossa meta em unidades.

R$ 235.294,11 (faturamento)/R$ 50,00 (preço médio unitário), teremos, 4.706 unidades.

Todo esse cálculo foi realizado pelo setor financeiro. Vamos agora mostrar essa quantidade para o setor comercial.

O gerente comercial diz, nosso mercado só absorve 3.800 unidades.

Este é um novo cenário, que ocorre com frequência nas empresas e abre inúmeras possibilidades e ações sobre as quais poderemos versar em outra oportunidade.

Vamos ficar com o número obtido de 4.706 unidades como meta para se obter uma margem de lucro de 15% sobre o faturamento.

Na próxima, falaremos sobre metas comerciais.

O Mercado e o Lucro

O mercado de confecção no Brasil atual, vem caindo a números preocupantes. Os gestores das empresas industriais de confecção têm buscado soluções, mas sempre esbarram nas respostas de seus gerentes comerciais e representantes: O mercado está restritivo, as lojas não estão vendendo, e também não estão comprando. Na sequência, vem mais uma, os preços…
Lá dentro, você já fez de tudo, negociou tecidos, convenceu suas estilistas a serem racionais, conseguiu melhorar a produtividade, até alguns custos fixos foram reduzidos e, o pior, reduziu a margem de lucro. E o preço ainda está alto? O que fazer?
No artigo que indicamos para leitura, no link adiante, há uma frase que muito se aplica às nossas empresas. “As empresas sempre acham que vão sobreviver à crise e só buscam ajuda quando a situação está insustentável”, diz a advogada Juliana Bumachar.
É importante entender que a economia mundial mudou, como também mudaram as formas de se fazer negócio. O preço dos produtos, mais do que nunca, passa a ser um detalhe quando o produto em si se torna necessidade para o comprador. No nosso caso, precisa ser necessidade para o consumidor final, ficando o lojista apenas como intermediário, porém, é ele quem irá levar nosso produto àquele consumidor. Então, nosso produto precisa levar algo mais do que entregamos até hoje.
A economia brasileira ceifou vários clientes pela incapacidade de manutenção de seu negócio. Alguns novos têm surgido, mas perecem na aprovação de crédito. A maioria dos antigos clientes reduziram seu volume de compra.
Isso significa que, mantendo as condições atuais as empresas estão vendendo menos. Estão encolhendo.
A estas empresas, resta dois caminhos: Encontrar uma forma de aumentar suas vendas ou admitir o encolhimento e diminuir o tamanho da empresa.
Qualquer uma delas é de difícil aplicação. A primeira necessita de uma série de análises e tomadas de decisão estratégicas e até de pequenos investimentos, para oferecer boa probabilidade de acerto. A segunda, é cortar na carne. Também com muita análise decidir onde pode ser reduzido custo, para que a empresa atravesse estes tempos difíceis.
Podemos ajuda-los. Consulte-nos.
O link adiante oferece um artigo publicado no blog Indústria Têxtil e do Vestuário. Copie e cole no seu navegador.
http://textileindustry.ning.com/forum/topic/show?id=2370240%3ATopic%3A725556

E. M. C. – VALORIZAR O SER HUMANO, DÁ LUCRO

A indústria de confecção do vestuário, no mundo e mesmo no Brasil, não tem sido um exemplo de valorização do ser humano. A esse respeito reproduzimos em nosso site um artigo internacional intitulado, MODA A QUALQUER CUSTO.

Mas aqui no Brasil e também no mundo, muitas empresas estão trabalhando no sentido oposto, embora ainda poucas no nosso segmento de confecção do vestuário, valorizando o capital humano.

Quando visitamos empresas ou em conversas com empresários deste setor, sempre ouvimos queixas das dificuldades encontradas em razão da falta de cooperação dos funcionários, da baixa produtividade, das exigências trabalhistas em segurança e higiene, das obrigações sociais em geral. A queixa maior recai sobre as costureiras, onde se concentra o maior grupo de mão de obra da fábrica e que, em razão da dificuldade crescente para contratá-las, os salários estão subindo.

As empresas organizadas do setor e aquelas que já alcançaram o status de grife poderiam crescer mais (mesmo com a crise) e se não o fazem é justamente por falta de costureiras. Algumas se servem de importação com sua marca, para poderem atender a demanda, mais do que na busca de preços competitivos.

Quem está investindo em costureiras no Brasil? Quantos jovens em busca do primeiro emprego são atraídos para os parcos cursos de treinamento oferecidos em algumas unidades do SENAI no Brasil? Há cursos que fecham com vagas, outros que nem são iniciados por falta do número mínimo de candidatos. Por quê? Por falta de salário atrativo. Vemos então salas de costura com faixa etária média de 35 anos, com máquinas equipadas com dispositivos ou comandos eletrônicos e digitais, que, quando são utilizadas, fazem apenas a operação de cortar fios, porque estes funcionários não são familiarizados com equipamentos digitais e tem dificuldade em aprender.

Perguntamos a estes empresários, quantas reuniões motivacionais seu RH realiza com as costureiras por mês? Como vocês medem o desempenho técnico e produtivo individual e de equipe? Qual programa de retenção de talentos aplica? Como são os níveis salariais no plano de cargos e salários? (este plano costumo chamar de CARAS E SALÁRIOS, pois é assim que se determina o valor do salário de costureiras).

Temos que começar a pensar, também na indústria de confecção do vestuário, qualquer que seja o tamanho, que sem as costureiras as empresas não sobrevivem, não crescem. As outras funções também são importantes, mas nelas é possível a utilização de máquinas automáticas, ou até robôs, necessitando apenas de operadores. Na costura, não. É manufatura. São pessoas orientando as máquinas, principalmente em moda feminina.

Qual curso técnico existe para formação de costureiras(os)? Para instrutores? Como se faz para obter mais produtividade das células de costura?

Quanto mais longe de São Paulo estejam as fábricas, menos técnica de trabalho são utilizadas. Posso afirmar isso porque conheço fábricas no Brasil inteiro. Claro, há empresas altamente desenvolvidas em todos os estados, mas as médias e pequenas, as facções, estão ainda na pré história. Mesmo no Rio de Janeiro, onde existe a melhor escola técnica do segmento, as empresas engatinham tecnicamente. Por quê?

Nestas mesmas empresas, de norte a sul, vemos costureiras que inventam suas ferramentas ou dispositivos auxiliares, com papelão, fita adesiva, clipe, uma infinidade de materiais, algumas vezes até reprimidas pela chefia, mas seus inventos não são aperfeiçoados, suas técnicas não são aproveitadas por outras operadoras, porque elas não são ouvidas.

Em todas as empresas que atuamos, sempre que reunimos grupos de costureiras para discutir problemas de qualidade ou de produtividade, fomos surpreendidos com sugestões aplicáveis às operações, com baixo ou nenhum custo adicional.

Este é o capital humano que precisamos em nossas empresas. Temos que captar estas contribuições e transformá-las em ganhos para a empresa e para os funcionários.

A melhor forma de fazer isto, é criando e disseminando a cultura colaborativa, através dos EMCs. Equipes de Melhoria Contínuas.

São grupos de cinco a sete pessoas da mesma área ou áreas afins, que desenvolvem voluntariamente atividades contínuas de melhoria e inovação. As características destes grupos são a voluntariedade, autonomia, continuidade, objetivo comum, respeito a individualidade, consenso, cooperação. Eles formam times com sinergia positiva, que por meio do esforço coordenado e voluntário, os torna apaixonados pelo que fazem.

É uma gestão sistêmica. As empresas nomeiam um gestor, normalmente da área de RH, que é treinado para disseminar a ideia dos EMCs, e a treinar os participantes em técnicas de reunião, metodologia de PDCA, Brainstorming, diagramas de causa e efeito, utilizados para gerenciar os projetos de melhoria e a medir os ganhos obtidos, sejam financeiros, sociais ou ambientais. Em uma média empresa de confecção, acompanhada em 2.008/09, o ganho financeiro dos projetos superou 200 mil reais em 12 meses, e a produtividade média aumentou em 20%, este o maior ganho. As equipes, claro também ganharam e esta é mais uma das atribuições do gestor: medir e pontuar os projetos para posterior recompensa. O absenteísmo e o turnover também reduziram, como efeito colateral.

A São Judas Consultoria, disponibiliza treinamento para gestores de EMCs, in company ou promovidos por instituições regionais, para potencializar o ganho com investimento em capital humano.

Tadeu Bastos Gonçalves

tadeu@sjconsultores.com.br

Produtividade e Prêmios de Produção

No artigo anterior, comentamos sobre vários indicadores de produtividade e afirmamos que todos eles influem diretamente no lucro da empresa. Essa afirmação baseia-se no fato de que, tanto o seu faturamento como suas despesas básicas são fixas. A produtividade, quando baixa, gera outras despesas, cuja fonte de pagamento é o lucro. Portanto, se melhorarmos essa produtividade e deixarmos de ter essa despesa extra, nosso lucro irá aumentar.

Se pararmos para rever todos os pontos possíveis de ganhos de produtividade em nossas empresas, veremos que estamos deixando escorrer pelo meio dos dedos uma fonte de recursos que estariam melhorando o ganho ou amenizando o prejuízo.

Vamos nos ater, neste artigo, a produtividade da costura e acabamento, por ser comum a todas as empresas de confecção e por deter a maior fonte de perdas.

A São Judas Consultoria já disponibilizou para vocês uma apostila para treinar cronometrista; caso não o tenha feito, clique aqui para recebe-la. Presumimos que já tenha todos os tempos de operação e o controle de produtividade de sua área fabril.

Um parênteses para comentar que, quando obtiver o índice de produtividade, pesquise bastante as razões que levam os operadores a perderem tempo no trabalho. Muitas vezes, ocorrências que não dependem dos operadores são os causadores dessas perdas. Ex.: Lotes de produção iniciados e interrompidos por falta de algum aviamento; partes cortadas com defeito que precisam ser repostas causando retardo e até desmanchar operações já feitas; defeitos do tecido não observados antes de cortar (perde até a chance de solicitar reposição ou desconto ao fornecedor); falta de instruções de medidas, distâncias, locais de aplicação etc.. Lembrem-se: Os exemplos acima são reais e precisam, cada um deles, serem analisados e encontrado uma solução para não mais ocorrerem. Aproveito ainda para comentar sobre outro desperdício de dinheiro. É comum encontrarmos pessoas na costura, cuja única ocupação é realizar a “limpeza de fiapos”, ou “arrematadeira”. Essa atividade nada agrega de valor ao produto, só custo. Pior, inventaram até máquina para sugar e cortar as sobras de linha. Todas as máquinas modernas possuem dispositivo automático para cortar linhas (as vezes desligados pelo mecânico que não sabe regular). Quando existem máquinas sem estes dispositivos, recomendamos que entreguem às costureiras (os), as tesouras de acabamento, também chamadas de tíquete ou snip, para que cortem a linha rente ao final da costura. Esta ação, aumenta em 0,02 minutos ou seja, dois centésimos de minuto, o tempo da operação e elimina a função arrematadeira.
Voltamos ao nosso controle de produtividade. Quando instituímos nas empresas o controle das costureiras, em geral o índice encontrado médio na sala de costura é de 50%. Isto quer dizer que, se conseguisse obter o índice desejado de 100%, a empresa necessitaria exatamente a metade dos funcionários. Por este raciocínio, podemos demonstrar adiante:
01 costureira recebe salário registrado de R$ 800,00, custando com encargos R$ 1.600,00 por mês.

Se a produtividade dela é só 50%, está custando na verdade R$ 3.200,00. (1.600/0,50)
Se colocarmos como meta que nossa produtividade média seja de 85%, um número razoável para se obter (tenho clientes que têm média de 92%, excelente índice) teremos:
Se a produtividade for de 85%, o operador estará custando R$ 1.882,35. (1.600/0,85)
A empresa estará economizando, por operador R$ 1.317,65 entre salário e encargos. Se considerarmos só em salário a economia é de R$ 658,82.

Como obteremos essa melhoria na produtividade? Primeiro fazendo a análise sugerida anteriormente para eliminarmos as perdas que não tem origem na área de fábrica. Depois, treinando melhor os operadores e ainda, instituindo processos produtivos que facilitem a atividade e controle, possibilitando a melhoria na produtividade. Em seguida, motivando os operadores com um premio de produção.

COMO OFERECER E COMO CALCULAR O PRÊMIO.

Vimos no exemplo anterior que se colocarmos como meta 85% de produtividade, iremos economizar R$ 658,82 só em salário. Vamos oferecer então R$ 320,00 para quem chegar nos 85% e ainda estaremos economizando R$ 338,82. Vamos oferecer premio de R$ 20,00 para cada ponto porcentual a partir de 70% (inclusive), para motivá-los a melhorar.

Lembre-se que era de apenas 50% a média de produtividade. Chegando aos 100%, o premio será de R$ 640,00, porém, o ganho em salário que a empresa terá é de R$ 800,00, sobrando ainda R$ 160,00. Isto, sem contar os R$ 800,00 que deixará de pagar em encargos.

Junto com o premio oferecido, podemos agregar outros tópicos para melhorar a dedicação dos funcionários, como “não faltar”. Estamos oferecendo para você, que leu até aqui este texto, uma apostila CÉLULAS DE PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E PREMIO DE PRODUÇÃO que ensina a montar células de produção, a instituir e a acompanhar o controle de produtividade, e a criar um sistema de premio de produção. Mas este presente estará lá só até dia 29/09/2013.

Estamos preparando para breve, uma vídeo aula. PLANEJAMENTO EFICAZ EXPRESS.

Inscreva-se já: http://sjconsultores.com.br/site/go/inscricao-palestra/

Enviaremos um e-mail com as informações necessárias para você assistir, indicando data e hora.

Não deixe também de comentar o que achou desta série de publicações e se gostou ajude-nos a espalha-la.

Controlando a Produtividade

No artigo anterior, comentamos sobre vários indicadores de produtividade e afirmamos que todos eles influem diretamente no lucro da empresa. Essa afirmação baseia-se no fato de que, tanto o seu faturamento como suas despesas básicas são fixas. A produtividade, quando baixa, gera outras despesas, cuja fonte de pagamento é o lucro. Portanto, se melhorarmos essa produtividade e deixarmos de ter essa despesa extra, nosso lucro irá aumentar.

Se pararmos para rever todos os pontos possíveis de ganhos de produtividade em nossas empresas, veremos que estamos deixando escorrer pelo meio dos dedos uma fonte de recursos que estariam melhorando o ganho ou amenizando o prejuízo.

Vamos nos ater, neste artigo, a produtividade da costura e acabamento, por ser comum a todas as empresas de confecção e por deter a maior fonte de perdas.

A São Judas Consultoria já disponibilizou para vocês uma apostila para treinar cronometrista; caso não o tenha feito, clique aqui para recebe-la. Presumimos que já tenha todos os tempos de operação e o controle de produtividade de sua área fabril.

Um parênteses para comentar que, quando obtiver o índice de produtividade, pesquise bastante as razões que levam os operadores a perderem tempo no trabalho. Muitas vezes, ocorrências que não dependem dos operadores são os causadores dessas perdas. Ex.: Lotes de produção iniciados e interrompidos por falta de algum aviamento; partes cortadas com defeito que precisam ser repostas causando retardo e até desmanchar operações já feitas; defeitos do tecido não observados antes de cortar (perde até a chance de solicitar reposição ou desconto ao fornecedor); falta de instruções de medidas, distâncias, locais de aplicação etc.. Lembrem-se: Os exemplos acima são reais e precisam, cada um deles, serem analisados e encontrado uma solução para não mais ocorrerem. Aproveito ainda para comentar sobre outro desperdício de dinheiro. É comum encontrarmos pessoas na costura, cuja única ocupação é realizar a “limpeza de fiapos”, ou “arrematadeira”. Essa atividade nada agrega de valor ao produto, só custo. Pior, inventaram até máquina para sugar e cortar as sobras de linha. Todas as máquinas modernas possuem dispositivo automático para cortar linhas (as vezes desligados pelo mecânico que não sabe regular). Quando existem máquinas sem estes dispositivos, recomendamos que entreguem às costureiras (os), as tesouras de acabamento, também chamadas de tíquete ou snip, para que cortem a linha rente ao final da costura. Esta ação, aumenta em 0,02 minutos ou seja, dois centésimos de minuto, o tempo da operação e elimina a função arrematadeira.
Voltamos ao nosso controle de produtividade. Quando instituímos nas empresas o controle das costureiras, em geral o índice encontrado médio na sala de costura é de 50%. Isto quer dizer que, se conseguisse obter o índice desejado de 100%, a empresa necessitaria exatamente a metade dos funcionários. Por este raciocínio, podemos demonstrar adiante:
01 costureira recebe salário registrado de R$ 800,00, custando com encargos R$ 1.600,00 por mês.

Se a produtividade dela é só 50%, está custando na verdade R$ 3.200,00. (1.600/0,50)
Se colocarmos como meta que nossa produtividade média seja de 85%, um número razoável para se obter (tenho clientes que têm média de 92%, excelente índice) teremos:
Se a produtividade for de 85%, o operador estará custando R$ 1.882,35. (1.600/0,85)
A empresa estará economizando, por operador R$ 1.317,65 entre salário e encargos. Se considerarmos só em salário a economia é de R$ 658,82.

Como obteremos essa melhoria na produtividade? Primeiro fazendo a análise sugerida anteriormente para eliminarmos as perdas que não tem origem na área de fábrica. Depois, treinando melhor os operadores e ainda, instituindo processos produtivos que facilitem a atividade e controle, possibilitando a melhoria na produtividade. Em seguida, motivando os operadores com um premio de produção.

COMO OFERECER E COMO CALCULAR O PRÊMIO.

Vimos no exemplo anterior que se colocarmos como meta 85% de produtividade, iremos economizar R$ 658,82 só em salário. Vamos oferecer então R$ 320,00 para quem chegar nos 85% e ainda estaremos economizando R$ 338,82. Vamos oferecer premio de R$ 20,00 para cada ponto porcentual a partir de 70% (inclusive), para motivá-los a melhorar.

Lembre-se que era de apenas 50% a média de produtividade. Chegando aos 100%, o premio será de R$ 640,00, porém, o ganho em salário que a empresa terá é de R$ 800,00, sobrando ainda R$ 160,00. Isto, sem contar os R$ 800,00 que deixará de pagar em encargos.

Junto com o premio oferecido, podemos agregar outros tópicos para melhorar a dedicação dos funcionários, como “não faltar”. Estamos oferecendo para você, que leu até aqui este texto, uma apostila CÉLULAS DE PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E PREMIO DE PRODUÇÃO que ensina a montar células de produção, a instituir e a acompanhar o controle de produtividade, e a criar um sistema de premio de produção. Mas este presente estará lá só até dia 29/09/2013.

Estamos preparando para breve, uma vídeo aula. PLANEJAMENTO EFICAZ EXPRESS.

Inscreva-se já: http://sjconsultores.com.br/site/go/inscricao-palestra/

Enviaremos um e-mail com as informações necessárias para você assistir, indicando data e hora.

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Produtividade & Lucro

É dura a vida de um empresário ou dirigente de indústria de confecção. Pesquisa, busca materiais de primeira ao melhor custo, cria produtos inéditos, faz malabarismos para vender com o melhor preço, coloca na produção, renegocia o prazo de entrega, fatura, leva a duplicata ao banco para descontar, paga o que deu pra pagar, corre atrás de financiamento, paga o restante, começa a pesquisar novamente…

Tem tempo para descansar? Dinheiro para bancar uma boa viagem de férias? As vezes. Seus funcionários mais graduados caso desejem, sempre conseguem, nem que seja um fim-de-semana na praia.

Para, pensa, olha para trás e conclui: Minha empresa parece uma ONG, não tem fins lucrativos e ainda precisa complementar sua receita para fechar as contas. Porque tudo isso acontece?

Pode parecer um paradoxo, mas é porque nós trabalhamos demais e administramos de menos. As perguntas adiante, podem ilustrar melhor essa afirmação: Quanto custa para desenvolver cada modelo que se põe no mercado? Qual a taxa de desperdício real de tecidos no corte? Qual a produtividade média mensal de área industrial? Qual a proporção de juros frente ao faturamento do mês? Qual o índice de inadimplência de seus clientes neste mês? Conseguiu responder a todas as perguntas com índices satisfatórios, ótimo, merece um descanso em local de seu gosto. Só sabe a produtividade da costura, que é abaixo de 70%, cuidado, o problema pode estar aí.

Todas as perguntas e respostas no texto anterior referem-se a índices de produtividade. Sim, produtividade não é medida só na costura. E também não são só os itens que relacionamos. Você pode identificar em sua empresa, a necessidade de muitos outros índices, desde gastos com pãozinho do café matinal que sobra todos os dias, até o gasto excessivo com frete de entregas parceladas dos pedidos.

O que está levando o seu lucro, é a baixa produtividade de todos os setores de sua empresa, não só a costura, como parece ser. Para utilizar, não apenas para ilustrar, colocamos adiante uma máxima da administração:

  • MEDIR – Tudo que não é medido, não é controlado.
  • CONTROLAR – Tudo que não é controlado, não é gerenciado.
  • GERENCIAR – Tudo que não é gerenciado, não é executado.
  • OTIMIZAR – Tudo que não é executado, não é otimizado.
  • RENTABILIZAR – Tudo que não é otimizado, não é rentabilizado.

Agora vai a dica importante: Não deixe para acompanhar estes índices ao final do mês. Será tarde demais. Estes indicadores devem ser acompanhados diariamente e, quando não atingirem um valor satisfatório, deve-se fazer imediatamente uma reunião com o pessoal da área e entender o que ocorreu e tomar medidas para que não mais ocorra.

Cada setor, departamento, deve ter METAS claras como objetivo, e quando estas metas forem alcançadas, devem ser estabelecidas novas metas. Todas as metas são PLANEJADAS, de acordo com capacidade instalada e necessidade da empresa. Quem faz todo esse plano, é a direção e os gerentes  no setor de planejamento.

METAS DE PRODUÇÃO

É comum as empresas fixarem metas em peças produzidas para as áreas de produção. Nada mais natural, pois a empresa vende peças. Porém, essa meta nem sempre é a forma mais correta para medir o resultado, pois cada produto tem diferente tempo de fabricação. Algumas empresas atribuem peso diferente para grupos de produtos diferentes, tipo: manga curta peso 1, manga longa peso 2. Já é uma forma de ajustar o valor final, mas, ainda não é o correto. A única forma correta para se planejar e medir produção é por TEMPO CRONOMETRADO.

A cronometragem é uma análise científica das operações, medindo o tempo e acrescentando ou deduzindo valores, para que se possa chamar de TEMPO PADRÃO de uma operação. Este tempo padrão servirá inicialmente para fazer o custo e preço da peça, para planejar a produção, para pagar as facções e para controlar o índice de produtividade. É muito importante controlar a produtividade da área de produção, pois é lá que se concentra o maior número de funcionários da empresa, mesmo quando a costura é terceirizada, corte e acabamento concentram tantas pessoas quanto a área administrativa.

Para muitas empresas de médio e pequeno porte, o salário de um cronometrista é proibitivo ou na região é difícil encontrar alguém formado. Para você que leu até aqui e tem necessidade de um profissional assim, temos um presente: Uma apostila para treinamento de cronometrista. Vá até o link Apostila de Cronometragem e baixe gratuitamente sua apostila.

Mas este presente estará lá só até dia 28/09/2013.

Acesse também nossa publicação: Controlando a Produtividade e tenha acesso a Apostila de Células de Produção e Produtividade.

Além disso, estamos preparando algo que irá ajudar muito você e sua empresa. Aguardem!

Gostou ou tem alguma sugestão? Deixe seu comentário aqui embaixo, ficaremos honrados em receber seu feedback!