2023 SEGUNDO OS MAIORES 50 EMPRESÁRIOS BRASILEIROS

2023 SEGUNDO OS MAIORES 50 EMPRESÁRIOS BRASILEIROS

Uma grande empresa de consultoria americana, com atuação mundial, realizou uma pesquisa com 1325 CEOs das maiores empresas mundiais, 50 deles do Brasil, sobre as tendências econômicas esperadas para o triênio 23/24/25. A filial brasileira dessa consultoria, apresentou em separado os resultados pesquisados no Brasil, do resto do mundo, concluindo que os empresários brasileiros estão mais otimistas que seus pares, principalmente os europeus e do resto do mundo. Acreditam os brasileiros na resiliência como principal comportamento, permitindo até um crescimento das vendas, principalmente das exportações, não só de comodities e do agronegócio, mas também de produtos industrializados, principalmente os manufaturados, (onde se encaixam os produtos têxteis e de confecção).

Contudo, a nível mundial, há duas preocupações comuns: Segurança Cibernética e ESG. A segurança de dados gerais das empresas, não só contra espiões, mas principalmente contra hackers e ESG que é a preocupação com o meio ambiente e o politicamente correto.

Ao trazermos tudo isso para nosso mundo têxtil, sabemos que porcentual relevante de nossas empresas ainda é pouco afeita ao mundo digital; outras, utilizam-se do básico: emissão de notas fiscais e dos boletos bancários, e guardam o servidor de backup na residência do acionista. Já o ESG é uma sigla que lhes parece grego, tão longe está de suas preocupações.

Os CEOs brasileiros, acreditam no aumento das exportações, inclusive de manufaturados. Sua empresa de confecção pode estar neste grupo, pois o apoio de órgãos governamentais facilita a entrada no mercado exterior. Mas sem uma política de ESG, nem tentar.

Nós da São Judas consultores, conhecemos bem o segmento de confecção e sabemos das dificuldades com que lutam para manter-se de pé, sem os modismos administrativos apregoados anteriormente, mas, sabemos que estes modismos, não aplicados, sufocam o crescimento e até a sobrevivência de nossas empresas.

Cada caso merece um estudo e uma aplicação que leve a empresa rumo a sustentabilidade. Os meios eletrônicos e redes sociais nos permitem trocar informações e realizar treinamentos de baixíssimo custo. Vamos conversar? Inicialmente por WhatsApp (13)98169-3040, depois, veremos como continuar.

Tadeu Bastos Gonçalves.

PREÇO & CUSTO

Todo empresário de confecção demonstra grande preocupação em saber como calcular o PREÇO DE VENDA de seus produtos, com medo de se equivocar e marcar um valor que lhe traga uma margem de lucro insuficiente para remunerar seu capital e garantir os investimentos que promoverão o crescimento de sua empresa.

Estes empresários se esquecem, que na verdade, o preço de venda é estipulado pelo mercado que diz quanto está disposto a pagar por seu produto. Deixemos bem claro aqui, que o que verdadeiramente está em jogo, é o mercado onde a empresa apresenta seus produtos, não o produto em si. Mercados diferentes podem oferecer valores diferentes para um mesmo produto, desde que o produto atenda os requisitos básicos de cada mercado.

Vamos exemplificar aqui. Por obra inusitada do destino, esta semana chegou-me as mãos duas saias de poliéster em estampa digital, com o mesmo modelo e a mesma estampa, porém de empresas diferentes. Colocando-as lado a lado, cobrindo a marca, nenhum dos dois empresários soube identificar a sua, aliás, ambos, achavam que as duas peças eram de suas empresas, tal era a semelhança.

As duas fábricas são de São Paulo, capital. A empresa “A”, é de uma marca conhecida, com lojas próprias em vários shopping e distribuição no Brasil o preço de venda na tabela para vender a lojistas era de R$ 54,90. A empresa “B”, com sua marca pouco conhecida, tem uma loja de atacado e também distribui no Brasil, o preço de venda na tabela era de R$ 24,90. Um consumidor do produto “A” irá pagar aproximadamente R$ 109,90 enquanto o consumidor do produto “B” pagaria R$ 49,90. Podemos bem imaginar quais são os dois mercados, mas o que nos interessa, é saber porque tanta diferença nos preços e quanto cada uma das duas empresas está ganhando.

Primeiro procuramos saber de onde provinha o tecido e descobrimos que a procedência era a mesma, sim, China, mas também do mesmo importador. Os preços eram bem diferentes e fomos entender o porque. A empresa “A”, trabalha com coleção e como o tecido é importado e pode não ter reposição futura, compra antecipado um volume que a previsão de vendas determina como necessário para atender a coleção, neste caso, 3.000 m, com prazo de pagamento para 120 dias. Tecido de 1ª linha. Como demora cerca de 90 dias para ser lançada e até fazer a venda, no momento da primeira entrega o tecido já estará totalmente pago, o empresário coloca sobre o preço do tecido um custo financeiro de 60 dias para cobrir o tempo médio de estoque até o fim da coleção.

A empresa “B”, vende em pronta entrega, mesmo na distribuição Brasil, ou seja: escolhe o tecido, desenvolve um produto, aprova, compra um lote de tecido, corta todo o lote, produz na frente 20 peças como amostra e enquanto os representantes saem vendendo, produz o restante do lote, que chega na expedição junto com os pedidos. O que sobrar manda para sua loja de atacado. No caso de nossa saia, o representante, da mesma importadora que vendeu para a empresa “A”, ofereceu para o empresário “B”, um lote de tecido estampado, ponta de estoque, com leves defeitos, em alguns lugares a estampa estava levemente borrada, com um desconte pelos defeitos e o preço era a vista.

Vamos demonstrar os cálculos e ver quem ganhou mais em % e em $.

Tecido de primeira linha com 120 dias de prazo R$ 23,62
Custo financeiro estoque de 60 dias 3,6% R$ 24,48 preço pago por empresa “A”
Tecido com leves defeitos – à vista 31,5% desc. R$ 16,17 preço pago por empresa “B”
CUSTO DO PRODUTO

Quantidade

EMPRESA “A”      EMPRESA “B”
Tecido

0,40 m

R$  9,79 R$  6,47
Zíper

1

  R$  0,60 R$  0,60
Kit etiquetas

1

R$  1,35 R$  0,65
Tag

1

  R$  0,7 0 R$    0
TOTAL MATERIAIS

 

R$ 12,44 R$  7,72
Mão de obra facção R$  5,50 R$  3,50
Gastos Gerais de Fabricação GGD

2,25(“A”) 1,30(“B”)

R$  7,80 R$  4,55
CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO  

 

R$ 25,74 R$  15,77
MARK UP    
Tributos 13,65% 7,72%
Comissões 12,00% 10,00%
Marketing 4,00% 0
Frete e Perdas 4,00% 1,00%
Custo financeiro sobre a venda 3,60% 1,80%
Margem contribuição(lucro teórico)

15,86% (“A”)

16,10% (“B”)

R$ 8,71 R$ 4,02

Vemos aqui que o porcentual de lucro do produto “A” é menor que o do produto “B”, porém, o valor em dinheiro é maior. R$ 8,71 contra R$ 4,02.

Procurando conter os custos, igual o empresário “B”, a margem de contribuição do produto “A” , tanto em porcentual como em valor, poderia ser bem maior.

Dicas de Costura: O Retrabalho

Este é o nome dado para conserto. Muito comum nas empresas de confecção, ao final, antes de passar a ferro os produtos, ou de embalar, realizar uma inspeção nas peças. Neste momento é que são identificados os pequenos defeitos, possíveis de serem consertados e as peças retornam para a costura.

Ninguém gosta de fazer conserto e, em vários casos e empresas, as peças ficam paradas e jogadas em algum lugar, esperando o momento em que alguém se digne realizar o conserto.

Encontrei empresas que trabalham com facções, que não devolvem o conserto para as facções, “porque acaba demorando muito”. Mantém uma ou mais funcionárias na fábrica s[ó para realizar estes consertos.

Pedimos sempre que eliminem tal prática. O conserto, precisa ser feito pelo grupo ou pessoa que o causou, só assim haverá uma preocupação maior com a qualidade e o índice tenderá a reduzir. No caso de facções, o pagamento deve ser suspenso e os prazos devem contar apenas após o conserto ser entregue com boa qualidade. A suspensão não deve se referir apenas às peças devolvidas, mas o lote todo. Quando mexemos no bolso, as coisas se ajustam.

No caso de produção interna, afirmamos que é necessário o apontamento da quantidade de retrabalho devolvido, comparando com a produção realizada, para se obter o índice de retrabalho. Em nossas pesquisas, o número médio tem sido de 35%. Ou seja, a cada 100 peças produzidas em um dia, 35 retornam para conserto. Mesmo quando aparenta ser uma coisa rápida, o conserto demora. Mobiliza pessoas para desmanchar, procurar linha na cor, as vezes recortar uma parte cujo tecido também precisa ser identificado na tonalidade, etc. Isto significa produzir outra peça neste mesmo tempo. Então, estamos perdendo uma produção de 35 peças a cada 100 produzidas. Quanto isto pode melhorar o desempenho de sua fábrica.

Falamos aqui de todas as consequências e até da importância de se registrar estas ocorrências, para melhor avaliar o desempenho da fábrica. Salientamos, contudo, que o melhor é prevenir.

Aquela “INSPETORA DE QUALIDADE” que examina a peça pronta, funciona como um médico legista. Só dá atestado de óbito. É preciso ter esta inspetora circulando no meio da fábrica, avaliando as operações onde é mais comum encontrar defeitos e aponta-los ainda quando a peça esta em montagem e onde a correção é mais fácil, porém, aproveitando a identificação dos problemas, a líder ou encarregada de produção deve treinar e motivar suas operadoras para produzirem corretamente. A célula de produção é um importante aliado neste momento. Assim o índice pode cair a zero.

Metas

Quando se deseja chegar a um objetivo, é preciso que se conheça bem este objetivo. O que vamos encontrar pelo caminho, para saber que armas, que instrumentos, que uniforme, vamos usar enquanto planejamos e executamos os atos necessários para alcançar este objetivo.

ESCOLHENDO OS OBJETIVOS

A primeira pergunta que devemos nos fazer, é qual é nosso maior problema, nossa maior dificuldade para alcançar nossa meta. Não vale aqui apontar problemas cuja origem esteja em outro setor ou departamento, ou no fornecedor, primeiro vamos buscar os problemas que dependem de nosso próprio setor. É a estorinha que originou o ditado: Macaco não olha para seu próprio rabo. Por mais problemas que os outros possam nos causar, por certo o nosso departamento, setor, área de trabalho, tem problemas cuja solução depende só de nós. É este que vamos atacar primeiro. Se todos os setores agirem assim, por certo, muitos dos problemas que repercutiam em outro setor serão eliminados e, portanto, vão sobrar menos problemas para serem reclamados como dependentes de outros para serem resolvidos.

Mas cada setor deve ter uma grande quantidade de problemas a serem atacados, e como deve ser feita a escolha? Devemos atacar os de maior repercussão, maior custo, que causem maior transtorno na produção. Quando estivermos em dúvida, devemos calcular em valores financeiros para decidir. Também devemos calcular em valor financeiro o ganho que vamos obter quando alcançarmos nossa meta. Muitas vezes, para alcançá-la precisamos fazer um investimento em material auxiliar, treinamento, equipamento, dispositivo. Precisamos avaliar o ganho final, para saber se compensará este investimento. O setor de custos da empresa, é o departamento indicado para realizar estes cálculos. Ele tem informações completas sobre a fábrica, e pode orientar sobre a direção a ser tomada.

A meta está definida. Agora é hora de planejar sua execução. Discuta com seus colegas e com seus funcionários. Peça opinião de todos. Julgue os prós e os contras, peça novo cálculo ao setor de custos. Apresente ao setor que irá receber seu produto depois, veja se sua solução não será um problema para ele.

O TRABALHO EM EQUIPE

As empresas hoje só conseguem bons resultados quando seus departamentos agem como uma equipe, como um organismo que busca o mesmo resultado. Os diretores das organizações não medem o desempenho pela capacidade individual de seus chefes e encarregados, mas pelo resultado da unidade. Em uma equipe não existem pessoas com maior ou menor importância. Existem membros unidos com um mesmo objetivo. Por menor que possa parecer a contribuição de um dos membros, ela é importante para o sucesso do grupo.

QUAL É A NOSSA MOTIVAÇÃO

As empresas existem para que? Qual é a meta maior das organizações?

Podemos afirmar que o primeiro objetivo dos acionistas, é ganhar dinheiro. Porém para alcançar este objetivo, eles precisam investir nas empresas, e para continuar ganhando dinheiro, são obrigados a continuar investindo na empresa parte do que ganharam. Também para continuar ganhando dinheiro, as empresas precisam produzir produtos pelos quais os consumidores se interessem e paguem. Assim, as empresas precisam cada vez mais apresentar produtos que sejam desejados pelos consumidores, que de alguma forma contribuam para o bem estar destes consumidores. Quem realiza tudo isto para as organizações, são seus funcionários, e quando as empresas encontram equipes que conseguem alcançar e manter estes objetivos, fazem de tudo para mantê-las. Esta é nossa motivação. Manter nossos empregos.

GLOBALIZAÇÃO

A globalização permite que as empresas passem a procurar as equipes capazes de executarem suas metas, em qualquer lugar do globo, do planeta, do mundo.

Isto não acontece porque as empresas desejam aumentar os seus ganhos, mas porque elas precisam sobreviver. Assim como os empregados enfrentam a concorrência de outros empregados, as empresas enfrentam a concorrência de outras empresas em busca do consumidor de seus produtos. Se uma empresa não consegue produzir com qualidade e preço, ela compra de outra empresa em qualquer lugar do mundo, e coloca sua marca no produto. Quando a empresa faz isto, ela não precisa mais de um grupo de trabalhadores, mas de poucos funcionários para vender e distribuir seu produto. Nossa preocupação deve ser não permitir que outros fabricantes possam fazer melhor que nós.

  1. Quebre as barreiras entre os departamentos. O pessoal de projetos, processos, produção, qualidade e administração devem trabalhar como uma única equipe, para prevenir os problemas de produção.
  2. Elimine slogans e metas pedindo por aumento de produtividade sem fornecer os métodos para tal.
  3. Crie equipes técnicas que, além de suas atividades diárias, tenham como meta repensar os processos, sejam administrativos, comerciais ou de produção.
  4. Visite TODAS as feiras de tecnologias com olhos críticos e, principalmente, pensando em como as novas ferramentas podem se incorporar no seu cotidiano.
  5. A palavra “qualidade” tem que deixar de ser um simples vocábulo, para se tornar uma obsessão no dia a dia e deve ser estendida as dependências remotas da empresa, como os banheiros.
  6. Ter em mente que a meta primeira deve ser a satisfação pessoal pelo trabalho realizado aliada a satisfação de seus clientes por usufruir de seu produto ou serviço. Isto nos levará normalmente a nossa meta financeira.

COMO VAI O DESENVOLVIMENTO DE SUA COLEÇÃO VERÃO 14/15?

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
E a coleção de Verão 14/15, como vai?
Já estamos em março, produzindo coleção inverno, com temperaturas escaldantes, clientes ligando para retardar a entrega dos pedidos, financeiro pedindo faturamento, e a coleção de verão precisa estar a todo vapor, correndo em paralelo. Qual o gestor que tem cabeça para isto tudo?
O gestor de confecção, precisa ter. Precisa administrar o presente, a coleção inverno, de olho no futuro, a coleção verão cuja entrega deve iniciar-se na segunda quinzena de julho e sobreviver até dezembro, janeiro. Fazer duas coleções menores? Uma coleção grande? Fazer um reforço para lançar em setembro?
Qualquer que seja a decisão, uma certeza. A primeira, ou a única, tem que estar com produtos definidos, materiais selecionados e pilotos em andamento. Para os atrasadinhos, a data limite para entregar mostruário é 20 de maio, mas a maioria das empresas já está com representantes na praça em 02 de maio. Quem chegar mais tarde, só pega a sobra.
Mas vamos mudar um pouco o foco, embora ainda continuemos com desenvolvimento de produto.
É comum vermos uma grande preocupação na área de produto, com a entrega do mostruário, e isto é normal. O que poucos se preocupam, é com o início da produção. Quem é de fábrica, sabe que a primeira produção de cada novo modelo, sempre dá problemas, seja o pessoal que não está acostumado com as operações novas, aparelhos auxiliares que não estão regulados com as máquinas, moldes com diferenças que não dá para montar a peça, tecidos de detalhes de difícil aplicação, etc. Isto tudo atrasa em muito a entrada das primeiras peças no estoque e a entrega dos primeiros pedidos, justamente aqueles que o financeiro tanto espera, depois de quase 30 dias sem faturamento.
Vamos considerar que seu processo de fabricação, a partir do momento que entregou as ordens de produção no corte, demore trinta dias para chegar no estoque. Se queremos faturar a partir de 15/07, temos que iniciar a produção em 15/06. Em razão das dificuldades descritas anteriormente para o primeiro lote de produção, sempre aconselho que se inicie a produção pelo menos duas semanas antes do prazo final, portanto, devemos então iniciar em 01/06. Lembramos que quando se fala em produção inicial, é de todos os modelos, não só daquilo que sobrou tecido e aviamentos do mostruário. Isto nos leva a outra necessidade que depende do desenvolvimento de produto, COMPRA.
Se considerarmos que os fornecedores pedem no mínimo 30 dias para entrega, que temos 3 a 4 dias de transporte, 2 dias para recebimento e conferência e antes, 5 dias para o setor de compras negociar e colocar os pedidos, temos que passar a ordem de compra no dia 20/04. Como o PCP e o comercial precisam de uns 10 dias para fazer as previsões e cálculos e a engenharia outros 5 para cadastrar todos os produtos, consumos, materiais, tempos, etc., não tem jeito: O PRAZO PARA APROVAR TODOS OS PILOTOS É 30 DE MARÇO.
E sua coleção de verão 14/15, tem condições de cumprir este prazo? Se sim, a resposta para nossa pergunta inicial é: Vai bem, obrigado.
Se a resposta for outra…

Produtividade e Prêmios de Produção

No artigo anterior, comentamos sobre vários indicadores de produtividade e afirmamos que todos eles influem diretamente no lucro da empresa. Essa afirmação baseia-se no fato de que, tanto o seu faturamento como suas despesas básicas são fixas. A produtividade, quando baixa, gera outras despesas, cuja fonte de pagamento é o lucro. Portanto, se melhorarmos essa produtividade e deixarmos de ter essa despesa extra, nosso lucro irá aumentar.

Se pararmos para rever todos os pontos possíveis de ganhos de produtividade em nossas empresas, veremos que estamos deixando escorrer pelo meio dos dedos uma fonte de recursos que estariam melhorando o ganho ou amenizando o prejuízo.

Vamos nos ater, neste artigo, a produtividade da costura e acabamento, por ser comum a todas as empresas de confecção e por deter a maior fonte de perdas.

A São Judas Consultoria já disponibilizou para vocês uma apostila para treinar cronometrista; caso não o tenha feito, clique aqui para recebe-la. Presumimos que já tenha todos os tempos de operação e o controle de produtividade de sua área fabril.

Um parênteses para comentar que, quando obtiver o índice de produtividade, pesquise bastante as razões que levam os operadores a perderem tempo no trabalho. Muitas vezes, ocorrências que não dependem dos operadores são os causadores dessas perdas. Ex.: Lotes de produção iniciados e interrompidos por falta de algum aviamento; partes cortadas com defeito que precisam ser repostas causando retardo e até desmanchar operações já feitas; defeitos do tecido não observados antes de cortar (perde até a chance de solicitar reposição ou desconto ao fornecedor); falta de instruções de medidas, distâncias, locais de aplicação etc.. Lembrem-se: Os exemplos acima são reais e precisam, cada um deles, serem analisados e encontrado uma solução para não mais ocorrerem. Aproveito ainda para comentar sobre outro desperdício de dinheiro. É comum encontrarmos pessoas na costura, cuja única ocupação é realizar a “limpeza de fiapos”, ou “arrematadeira”. Essa atividade nada agrega de valor ao produto, só custo. Pior, inventaram até máquina para sugar e cortar as sobras de linha. Todas as máquinas modernas possuem dispositivo automático para cortar linhas (as vezes desligados pelo mecânico que não sabe regular). Quando existem máquinas sem estes dispositivos, recomendamos que entreguem às costureiras (os), as tesouras de acabamento, também chamadas de tíquete ou snip, para que cortem a linha rente ao final da costura. Esta ação, aumenta em 0,02 minutos ou seja, dois centésimos de minuto, o tempo da operação e elimina a função arrematadeira.
Voltamos ao nosso controle de produtividade. Quando instituímos nas empresas o controle das costureiras, em geral o índice encontrado médio na sala de costura é de 50%. Isto quer dizer que, se conseguisse obter o índice desejado de 100%, a empresa necessitaria exatamente a metade dos funcionários. Por este raciocínio, podemos demonstrar adiante:
01 costureira recebe salário registrado de R$ 800,00, custando com encargos R$ 1.600,00 por mês.

Se a produtividade dela é só 50%, está custando na verdade R$ 3.200,00. (1.600/0,50)
Se colocarmos como meta que nossa produtividade média seja de 85%, um número razoável para se obter (tenho clientes que têm média de 92%, excelente índice) teremos:
Se a produtividade for de 85%, o operador estará custando R$ 1.882,35. (1.600/0,85)
A empresa estará economizando, por operador R$ 1.317,65 entre salário e encargos. Se considerarmos só em salário a economia é de R$ 658,82.

Como obteremos essa melhoria na produtividade? Primeiro fazendo a análise sugerida anteriormente para eliminarmos as perdas que não tem origem na área de fábrica. Depois, treinando melhor os operadores e ainda, instituindo processos produtivos que facilitem a atividade e controle, possibilitando a melhoria na produtividade. Em seguida, motivando os operadores com um premio de produção.

COMO OFERECER E COMO CALCULAR O PRÊMIO.

Vimos no exemplo anterior que se colocarmos como meta 85% de produtividade, iremos economizar R$ 658,82 só em salário. Vamos oferecer então R$ 320,00 para quem chegar nos 85% e ainda estaremos economizando R$ 338,82. Vamos oferecer premio de R$ 20,00 para cada ponto porcentual a partir de 70% (inclusive), para motivá-los a melhorar.

Lembre-se que era de apenas 50% a média de produtividade. Chegando aos 100%, o premio será de R$ 640,00, porém, o ganho em salário que a empresa terá é de R$ 800,00, sobrando ainda R$ 160,00. Isto, sem contar os R$ 800,00 que deixará de pagar em encargos.

Junto com o premio oferecido, podemos agregar outros tópicos para melhorar a dedicação dos funcionários, como “não faltar”. Estamos oferecendo para você, que leu até aqui este texto, uma apostila CÉLULAS DE PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E PREMIO DE PRODUÇÃO que ensina a montar células de produção, a instituir e a acompanhar o controle de produtividade, e a criar um sistema de premio de produção. Mas este presente estará lá só até dia 29/09/2013.

Estamos preparando para breve, uma vídeo aula. PLANEJAMENTO EFICAZ EXPRESS.

Inscreva-se já: http://sjconsultores.com.br/site/go/inscricao-palestra/

Enviaremos um e-mail com as informações necessárias para você assistir, indicando data e hora.

Não deixe também de comentar o que achou desta série de publicações e se gostou ajude-nos a espalha-la.

Controlando a Produtividade

No artigo anterior, comentamos sobre vários indicadores de produtividade e afirmamos que todos eles influem diretamente no lucro da empresa. Essa afirmação baseia-se no fato de que, tanto o seu faturamento como suas despesas básicas são fixas. A produtividade, quando baixa, gera outras despesas, cuja fonte de pagamento é o lucro. Portanto, se melhorarmos essa produtividade e deixarmos de ter essa despesa extra, nosso lucro irá aumentar.

Se pararmos para rever todos os pontos possíveis de ganhos de produtividade em nossas empresas, veremos que estamos deixando escorrer pelo meio dos dedos uma fonte de recursos que estariam melhorando o ganho ou amenizando o prejuízo.

Vamos nos ater, neste artigo, a produtividade da costura e acabamento, por ser comum a todas as empresas de confecção e por deter a maior fonte de perdas.

A São Judas Consultoria já disponibilizou para vocês uma apostila para treinar cronometrista; caso não o tenha feito, clique aqui para recebe-la. Presumimos que já tenha todos os tempos de operação e o controle de produtividade de sua área fabril.

Um parênteses para comentar que, quando obtiver o índice de produtividade, pesquise bastante as razões que levam os operadores a perderem tempo no trabalho. Muitas vezes, ocorrências que não dependem dos operadores são os causadores dessas perdas. Ex.: Lotes de produção iniciados e interrompidos por falta de algum aviamento; partes cortadas com defeito que precisam ser repostas causando retardo e até desmanchar operações já feitas; defeitos do tecido não observados antes de cortar (perde até a chance de solicitar reposição ou desconto ao fornecedor); falta de instruções de medidas, distâncias, locais de aplicação etc.. Lembrem-se: Os exemplos acima são reais e precisam, cada um deles, serem analisados e encontrado uma solução para não mais ocorrerem. Aproveito ainda para comentar sobre outro desperdício de dinheiro. É comum encontrarmos pessoas na costura, cuja única ocupação é realizar a “limpeza de fiapos”, ou “arrematadeira”. Essa atividade nada agrega de valor ao produto, só custo. Pior, inventaram até máquina para sugar e cortar as sobras de linha. Todas as máquinas modernas possuem dispositivo automático para cortar linhas (as vezes desligados pelo mecânico que não sabe regular). Quando existem máquinas sem estes dispositivos, recomendamos que entreguem às costureiras (os), as tesouras de acabamento, também chamadas de tíquete ou snip, para que cortem a linha rente ao final da costura. Esta ação, aumenta em 0,02 minutos ou seja, dois centésimos de minuto, o tempo da operação e elimina a função arrematadeira.
Voltamos ao nosso controle de produtividade. Quando instituímos nas empresas o controle das costureiras, em geral o índice encontrado médio na sala de costura é de 50%. Isto quer dizer que, se conseguisse obter o índice desejado de 100%, a empresa necessitaria exatamente a metade dos funcionários. Por este raciocínio, podemos demonstrar adiante:
01 costureira recebe salário registrado de R$ 800,00, custando com encargos R$ 1.600,00 por mês.

Se a produtividade dela é só 50%, está custando na verdade R$ 3.200,00. (1.600/0,50)
Se colocarmos como meta que nossa produtividade média seja de 85%, um número razoável para se obter (tenho clientes que têm média de 92%, excelente índice) teremos:
Se a produtividade for de 85%, o operador estará custando R$ 1.882,35. (1.600/0,85)
A empresa estará economizando, por operador R$ 1.317,65 entre salário e encargos. Se considerarmos só em salário a economia é de R$ 658,82.

Como obteremos essa melhoria na produtividade? Primeiro fazendo a análise sugerida anteriormente para eliminarmos as perdas que não tem origem na área de fábrica. Depois, treinando melhor os operadores e ainda, instituindo processos produtivos que facilitem a atividade e controle, possibilitando a melhoria na produtividade. Em seguida, motivando os operadores com um premio de produção.

COMO OFERECER E COMO CALCULAR O PRÊMIO.

Vimos no exemplo anterior que se colocarmos como meta 85% de produtividade, iremos economizar R$ 658,82 só em salário. Vamos oferecer então R$ 320,00 para quem chegar nos 85% e ainda estaremos economizando R$ 338,82. Vamos oferecer premio de R$ 20,00 para cada ponto porcentual a partir de 70% (inclusive), para motivá-los a melhorar.

Lembre-se que era de apenas 50% a média de produtividade. Chegando aos 100%, o premio será de R$ 640,00, porém, o ganho em salário que a empresa terá é de R$ 800,00, sobrando ainda R$ 160,00. Isto, sem contar os R$ 800,00 que deixará de pagar em encargos.

Junto com o premio oferecido, podemos agregar outros tópicos para melhorar a dedicação dos funcionários, como “não faltar”. Estamos oferecendo para você, que leu até aqui este texto, uma apostila CÉLULAS DE PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E PREMIO DE PRODUÇÃO que ensina a montar células de produção, a instituir e a acompanhar o controle de produtividade, e a criar um sistema de premio de produção. Mas este presente estará lá só até dia 29/09/2013.

Estamos preparando para breve, uma vídeo aula. PLANEJAMENTO EFICAZ EXPRESS.

Inscreva-se já: http://sjconsultores.com.br/site/go/inscricao-palestra/

Enviaremos um e-mail com as informações necessárias para você assistir, indicando data e hora.

Não deixe também de comentar o que achou desta série de publicações e se gostou ajude-nos a espalha-la.

Produtividade & Lucro

É dura a vida de um empresário ou dirigente de indústria de confecção. Pesquisa, busca materiais de primeira ao melhor custo, cria produtos inéditos, faz malabarismos para vender com o melhor preço, coloca na produção, renegocia o prazo de entrega, fatura, leva a duplicata ao banco para descontar, paga o que deu pra pagar, corre atrás de financiamento, paga o restante, começa a pesquisar novamente…

Tem tempo para descansar? Dinheiro para bancar uma boa viagem de férias? As vezes. Seus funcionários mais graduados caso desejem, sempre conseguem, nem que seja um fim-de-semana na praia.

Para, pensa, olha para trás e conclui: Minha empresa parece uma ONG, não tem fins lucrativos e ainda precisa complementar sua receita para fechar as contas. Porque tudo isso acontece?

Pode parecer um paradoxo, mas é porque nós trabalhamos demais e administramos de menos. As perguntas adiante, podem ilustrar melhor essa afirmação: Quanto custa para desenvolver cada modelo que se põe no mercado? Qual a taxa de desperdício real de tecidos no corte? Qual a produtividade média mensal de área industrial? Qual a proporção de juros frente ao faturamento do mês? Qual o índice de inadimplência de seus clientes neste mês? Conseguiu responder a todas as perguntas com índices satisfatórios, ótimo, merece um descanso em local de seu gosto. Só sabe a produtividade da costura, que é abaixo de 70%, cuidado, o problema pode estar aí.

Todas as perguntas e respostas no texto anterior referem-se a índices de produtividade. Sim, produtividade não é medida só na costura. E também não são só os itens que relacionamos. Você pode identificar em sua empresa, a necessidade de muitos outros índices, desde gastos com pãozinho do café matinal que sobra todos os dias, até o gasto excessivo com frete de entregas parceladas dos pedidos.

O que está levando o seu lucro, é a baixa produtividade de todos os setores de sua empresa, não só a costura, como parece ser. Para utilizar, não apenas para ilustrar, colocamos adiante uma máxima da administração:

  • MEDIR – Tudo que não é medido, não é controlado.
  • CONTROLAR – Tudo que não é controlado, não é gerenciado.
  • GERENCIAR – Tudo que não é gerenciado, não é executado.
  • OTIMIZAR – Tudo que não é executado, não é otimizado.
  • RENTABILIZAR – Tudo que não é otimizado, não é rentabilizado.

Agora vai a dica importante: Não deixe para acompanhar estes índices ao final do mês. Será tarde demais. Estes indicadores devem ser acompanhados diariamente e, quando não atingirem um valor satisfatório, deve-se fazer imediatamente uma reunião com o pessoal da área e entender o que ocorreu e tomar medidas para que não mais ocorra.

Cada setor, departamento, deve ter METAS claras como objetivo, e quando estas metas forem alcançadas, devem ser estabelecidas novas metas. Todas as metas são PLANEJADAS, de acordo com capacidade instalada e necessidade da empresa. Quem faz todo esse plano, é a direção e os gerentes  no setor de planejamento.

METAS DE PRODUÇÃO

É comum as empresas fixarem metas em peças produzidas para as áreas de produção. Nada mais natural, pois a empresa vende peças. Porém, essa meta nem sempre é a forma mais correta para medir o resultado, pois cada produto tem diferente tempo de fabricação. Algumas empresas atribuem peso diferente para grupos de produtos diferentes, tipo: manga curta peso 1, manga longa peso 2. Já é uma forma de ajustar o valor final, mas, ainda não é o correto. A única forma correta para se planejar e medir produção é por TEMPO CRONOMETRADO.

A cronometragem é uma análise científica das operações, medindo o tempo e acrescentando ou deduzindo valores, para que se possa chamar de TEMPO PADRÃO de uma operação. Este tempo padrão servirá inicialmente para fazer o custo e preço da peça, para planejar a produção, para pagar as facções e para controlar o índice de produtividade. É muito importante controlar a produtividade da área de produção, pois é lá que se concentra o maior número de funcionários da empresa, mesmo quando a costura é terceirizada, corte e acabamento concentram tantas pessoas quanto a área administrativa.

Para muitas empresas de médio e pequeno porte, o salário de um cronometrista é proibitivo ou na região é difícil encontrar alguém formado. Para você que leu até aqui e tem necessidade de um profissional assim, temos um presente: Uma apostila para treinamento de cronometrista. Vá até o link Apostila de Cronometragem e baixe gratuitamente sua apostila.

Mas este presente estará lá só até dia 28/09/2013.

Acesse também nossa publicação: Controlando a Produtividade e tenha acesso a Apostila de Células de Produção e Produtividade.

Além disso, estamos preparando algo que irá ajudar muito você e sua empresa. Aguardem!

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